segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Porque eu sei que é amor...

Durante a vida toda, desde muito pequenininhos, aprendemos os significados de amor. Quando muito crianças entendemos o amor a partir da relação de proteção, da relação com nossa mãe, com nossa família. Depois, quando mais velhos, aprendemos o amor amigo, o amor de irmão, aquele amor que surge através do companheirismo e afinidade. Mais tarde, com mais idade, aprendemos a amar as coisas, amamos tudo aquilo que conquistamos com nosso próprio suor.
Convivendo com todos esses tipos de amor vamos aprendendo mais sobre esse sentimento, aprendemos a lidar com ele, aprendemos a identifica-lo, aprendemos a respeita-lo e até mesmo, muitas vezes, evita-lo.
Mais muita gente passa a vida toda sem sentir a intensidade de todo esse abrangente sentimento.
Passa a vida amando as coisas e as pessoas com a consciência do que está sentindo quando na verdade amar é simplesmente perder a cabeça, perder o juízo, não conseguir entender nada, nem a si mesmo.
Amar, definitivamente, não é ter que ter sempre certeza.
Amar é você ter a sensação de que viver a sua vida já não faz mais sentido, de que você fazer o que costumava a fazer antes já não tem a menor graça e de que ficar sem aquele que te desperta o mais grandioso sentimento significa ficar sem ar.
Literalmente sem ar.
A partir daí sua vida muda. Seus hábitos, seus gostos, seus gestos e jeitos se transformam.
Você odeia em um segundo e consegue amar mais ainda no outro.
Você entra em parafuso, esquece as respostas de todas aquelas perguntas que você sabia de cór, você enlouquece e às vezes até se transforma naquilo tudo que você nunca gostaria que fossem para você.
Ao mesmo tempo você se surpreende em como pode ser boa em dar o máximo de si e você não acredita que é capaz de fazer tanto por alguém nem mesmo de amar tanto alguém.
Você se surpreende a cada dia e a vontade de ficar junto com o tempo, ao invés de sumir, se propaga, se triplica sem que você consiga perceber.
O tempo passa a ser louco. As horas que passamos a sós são tão longas que parecem infinitas, mas quando estamos acompanhados essas se passam com a mesma rapidez em que conseguimos devorar um brigadeiro.
Aquilo tudo o que você sentiu antes se torna nada ao se comparar com o que sente agora. Todas as sensações, todas as emoções, todos os choros e sorrisos não têm, nem de perto, a intensidade que têm hoje.
Tudo o que tínhamos aprendido não serve para nada, porque desse sentimento não se pode prever o futuro.
O que você reconhece é que ainda há o sentimento de proteção da infância, o sentimento do companheirismo da adolescência e até mesmo o amor por aquilo que se consegue com muito esforço, mais tudo isso é projetado numa pessoa só.
É com este que você se sente segura, é este que é a melhor companhia e com certeza, só você sabe o quanto exige de esforço faze-lo feliz.

Quando tudo isso tudo surge você tem certeza de que, agora sim é feliz, conhece o amor e tudo aquilo que ele significa.
Mais ao mesmo tempo sabe que nunca chorou tanto, tem certeza de que tudo não faz o menor sentido e agora mais do que nunca, você tem certeza que não sabe e nunca soube de absolutamente NADA.

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