quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Nossa imensa diferença

Esses dias recebi um e-mail muito engraçado de uma amiga. Falava sobre como as mulheres gastam em um encontro. Como é complicado aceitar um convite para sair, de quanto tempo levamos, a tensão que sentimos. Um texto realmente muito engraçado de uma autora desconhecida.

Esse texto me fez refletir sobre o assunto, sobre a diferença, a imensa diferença, diga-se de passagem, entre os homens e mulheres. A diferença vai desde a hora de se arrumar até a hora de comer, escolher, fazer, sentir, falar.

Me lembro de uma passagem do livro ‘Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?’, em que dizia que depois de uma transa enquanto o homem olhava para o teto, sem nenhuma feição em seu rosto, a mulher se desesperava imaginando a ‘vagabunda’ que não saía da cabeça dele, de como será que ele conseguia traí-la, e assim fechava completamente sua feição, fazendo pose de emburrada e logo partia para briga. Quando o homem se deparou com aquelas insinuações da parceira, logo respondeu que ele olhava para o teto porque alguns mosquitinhos insistiam em ficar somente naquele canto e ele estava se indagando sobre o porquê daquele fato. Obviamente a mulher, louca de raiva, achou um absurdo aquela resposta e entrou numa briga sem fim que levou ao fim do namoro. E adivinha só? Ele realmente pensava somente naquilo que dizia.

É claro que isto se trata somente de uma ilustração da diferença de comportamento, mas cabe perfeitamente bem na realidade.
O mundo da mulher é cheio de pensamentos, de imaginações. Enquanto os homens possuem uma cabeça livre, que não faz histórias, que não admite uma D.R. (Discussão de Relacionamento), que não se importa com nada.
Essa ‘cabeça vazia’ vale também para a hora de se arrumar. Eu fico tentando entender como um homem pode conseguir misturar o xadrez com o quadriculado e mesmo assim consegue sair numa boa. Sem se importar. Isso nos deixa claro que a mulher, definitivamente, se arruma somente para a mulher, porque essas sim vão reparar até em sua etiqueta. Já os homens nem ligam para as cores, tamanhos, detalhes.

Quando digo que o homem tem ‘cabeça vazia’ não digo que isso serve para todas as coisas, mesmo porque nós temos fama de fofoqueira, mas quando esses pretender inventar e espalhar mentiras, se superam!
Também têm (ai, agora com essa mudança nas regras gramaticais, não sei se há ou não o circunflexo no tem no plural. Whatever!!) cabeça para guardar nome de 4125487 jogadores de futebol, de times estrangeiros, de marcas de carros, de mulheres vagabundas, de bares e por aí vai.
Mas essa não é a questão, a questão está na nossa imensa, entendam bem, i-m-e-n-s-a, diferença.

Nós nos preocupamos com as unhas que não estão feitas, com a raiz que não foi tingida, com a cor do sapato que não combina com a bolsa, com a comida que tem que ficar pronta, com o aniversário da Avó do seu namorado porque é você quem compra o presente, com as crianças que estão chorando enquanto você lava, passa, cozinha e atende o telefone, com a sogra que precisa de um creme e pediu para você comprar, com o jardim que está com a grama rala, com a piscina que não foi bem limpa, com o pedido do chefe do emprego, com o corpo, como verão, com o reveillon, com a ceia de Natal e com muito mais coisa. E detalhe: AO MESMO TEMPO.
Somos decididas e prontas. Somos sábias e espertas. Somos eficientes e maduras. E ainda conseguimos ser impecáveis.
Temos uma força incrível que muitas vezes é desprezada e ridicularizada. Mas somos de fibra, temos força.

Nada contra os homens, pelo contrário precisamos deles para nossa sobrevivência, mas sejamos francos, toda mulher merece ser admirada e contemplada.

Aí vai o texto – (é grande mais vale a pena ler até o final)

Quando um homem chama uma mulher para sair, não sabe o grau de estresse que isso desencadeia em nossas vidas. Durante muito tempo, fiquei achando que eu era uma estressada maluca que não sabia lidar com isso, mas conversando com diversas pessoas, cheguei à conclusão de que esse estresse é um denominador comum a quase todas as mulheres, ainda que em graus diferentes (ou será que sou eu que só ando com gente estressada?).

O que venho contar aqui hoje é mais dedicado aos homens do que às mulheres. Acho importante que eles saibam o que se passa nos bastidores. Você, mulher, está flertando um Zé Ruela qualquer. Com sorte, ele acaba te chamando para sair. Vamos supor, um jantar. Pronto, acabou seu último minuto de paz. Ele diz, como se fosse a coisa mais simples do mundo 'Vamos jantar amanhã?'. Você sorri e responde, como se fosse a coisa mais simples do mundo: 'Claro, vamos sim'.

Começou o inferno na Terra. Foi dada a largada. Você começa a se reprogramar mentalmente e pensar em tudo que tem que fazer para estar apresentável até lá. Cancela todos os seus compromissos canceláveis e começa a odisséia. Evidentemente, você também pára de comer, afinal, quer estar em forma no dia do jantar e mulher sempre se acha gorda. Daqui pra frente, você começa a fazer a dieta do queijo: fica sem comer nada o dia inteiro e quando sente que vai desmaiar come uma fatia de queijo. Muito saudável. Primeira coisa: fazer mãos e pés. Quem se importa se é inverno e você provavelmente vai usar uma bota de cano alto? Mãos e pés tem que estar feitos - e lá se vai uma hora do seu dia. Vocês (homens) devem estar se perguntando 'Mão tudo bem, mas porque pé, se ela vai de botas?' Lei de Murphy. Sempre dá merda. Uma vez pensei assim e o infeliz me levou para um restaurante japonês daqueles em que tem que tirar o sapato para sentar naqueles tatames. Tomei no cu bonito! Tive que tirar o sapato com aquela sola do pé cracuda, esmalte semi-descascado e cutícula do tamanho de um champignon! Vai que ele te coloca em alguma outra situação impossível de prever que te obriga a tirar o sapato? Para nossa paz de espírito, melhor fazer mão e pé, até porque boa parte dessa raça tem uma tara bizarra por pé feminino.
OBS: Isso me emputece.
Passo horas na academia malhando minha bunda e o desgraçado vai reparar justamente onde? No pé!

As mais caprichosas, além de fazer mão e pé, ainda fazem algum tratamento capilar no salão: hidratação, escova, corte, tintura, retoque de raiz, etc.
E nessa se vai mais uma hora do seu dia. Dependendo do grau de importância que se dá ao Zé Ruela em questão, pode ser que a mulher queira comprar uma roupa especial para sair com ele. Mais horas do seu dia.
Ou ainda uma lingerie especial, dependendo da ocasião.
Pronto, mais horas do dia.

Se você trabalha, provavelmente vai ter que fazer as unhas na hora do almoço e correr para comprar roupa no final do dia em um shopping. Ah sim, já ia esquecendo. Tem a depilação. Essa os homens não podem nem contestar. Quem quer sair com uma mulher não depilada, mesmo que seja apenas para um inocente jantar? Lá vai você depilar perna, axila, buço, virilha, sobrancelha, etc, etc. Tem mulher que depila até o cu! Mulher sofre! E lá se vai mais uma hora do seu dia. E uma hora bem dolorida, diga-se de passagem. Parabéns, você conseguiu montar o alicerce básico para sair com alguém. Pode ir para a cama e tentar dormir, se conseguir. Eu não consigo, fico nervosa. Se prepare, o dia seguinte vai ser tumultuado. Ah, sim, você vai dormir COM FOME. A dieta do queijo continua. Dia seguinte. É hoje seu grande dia. Quando vou sair com alguém, faço questão da dar uma passada na academia no dia, para malhar desumanamente até quase cuspir o pulmão. Não, não é para emagrecer, é para deixar minha bunda e minhas pernas enormes e durinhas (elas ficam inchadas depois de malhar). Mas supondo que você seja uma pessoa normal, vai usar esse tempo para algo mais proveitoso. Geralmente, o Zé Ruela não comunica onde vai levar a gente. Surge aquele dilema da roupa. Com certeza você vai errar, resta escolher se quer errar para mais ou para menos. Se te serve de consolo, ele não vai perceber. Alias, ele não vai perceber nada. Você pode aparecer de Armani ou enrolada em um saco de batatas, tanto faz. Eles não reparam em detalhe nenhum, mas sabem dizer quando estamos bonitas (só não sabem o porquê). Mas, é como dizia Angie Dickinson: 'Eu me visto para as mulheres e me dispo para os homens'.

Não tem como, a gente se arruma, mesmo que eles não reparem. E não adianta pedir indicação de roupa para eles, os malditos não dão sequer uma pista! Claro, para eles é muito simples, as 'Madames' só precisam tomar uma chuveirada, vestir uma Camisa Pólo e uma calça e estão prontos, seja para o show de rock, seja para um fondue. Nesse pequeno cérebro do tamanho de um caroço de uva, só existem três graduações de roupa: Bermuda + Chinelo, Jeans + Pólo, Calça Social + Camisa Social. Quando você pergunta se tem que ir arrumada é quase certo que 'Madame' abra a boca e diga 'sei lá, normal, roupa normal'. Eles não sabem que isso não ajuda em nada. Escolhida a roupa, com a resignação de que você vai errar, para mais ou para menos, vem a etapa do banho. Para mim é uma coisa simples: shampoo + sabonete. Mas para muitas não é. Óleos, sabonetes aromáticos, esfoliação (horrível que seja com 's', né? deveria ser com 'x', etc.

E o cabelo? Bom, por sorte meu cabelo é bonzinho, não faz a menor diferença se eu lavar com um shampoo caro ou se lavar com Omo, fica a mesma coisa. Mas tem gente que tem que fazer uma lavagem especial, com cremes e etc. E depois ainda vem a chapinha, prancha e/ou secador. Depois do banho e do cabelo, vem a maquiagem. Nessa etapa eu perco muito tempo. Lá vai a babaca separar cílio por cílio com palito de dente depois de passar rímel. Como dizia Napoleão Bonaparte, 'Mulheres tem duas grandes armas: lágrimas e maquiagem'. Depois vem a hora de se vestir. Homens não entendem, mas tem dias que a gente acorda gorda.
É sério, no dia anterior o corpo estava lindo e no dia seguinte... PORCA! Não sei o que é (provavelmente nossa imaginação), mas eu juro que acontece. Muitas vezes você compra uma roupa para um evento, na loja fica linda e na hora de sair fica um péssima.

Se for um desses dias em que seu corpo está um cu e o espelho está de sacanagem com a sua cara, é provável que você acabe com um pilha de roupas recusadas em cima da cama, chorando, com um armário cheio de roupa e gritando 'EU NÃO TENHO ROOOOOUUUUUPAAAA'. O chato é ter que refazer a maquiagem. E quando você inventa de colocar aquela calça apertada e tem que deitar na cama e pedir para outro ser humano enfiar ela em você? Uma gracinha, já vai para o jantar lacrada a vácuo. Se espirrar a calça perfura o pâncreas. Ok, você achou uma roupa que ficou boa. Vem o dilema da ligerie. Salvo raras exceções, roupa feminina (incluindo lingerie) ou é bonita, ou é confortável. Você olha para aquela sua calcinha de algodão do tamanho de uma lona de circo. Ela é confortável. E cor de pele. Praticamente um método anticoncepcional. Você pensa 'Eu não vou dar para ele hoje mesmo, que se foda'. Você veste a calcinha. Aí bate a culpa. Eu sinto culpa se ando com roupa confortável, meu inconsciente já associou estar bem vestida a sofrimento. Aí você começa a pensar 'E se mesmo sem dar para ele, ele pode acabar vendo a minha calcinha... Vai que no restaurante tem uma escada e eu tenho que subir na frente dele... se ele olhar para essa calcinha, broxará para todo o sempre comigo...'. Muito puta da vida, você tira a sua calcinha amiga e coloca uma daquelas mínimas e rendadas, que com certeza vão ficar entrando na sua bunda a noite toda. Melhor prevenir. Nessas horas a gente emburrece e acha que qualquer deslize que fizer vai espantar o sujeito de forma irreversível. Os sapatos. Vale o mesmo que eu disse sobre roupas: ou é bonito, ou é confortável. Geralmente, quando tenho um encontro importante, opto por UMA PEÇA de roupa bem bonita e desconfortável, e o resto menos bonito mas confortável. FATO: Lei de Murphy impera. Com certeza me vai ser exigido esforço da parte comprometida pelo desconforto. Ex: Vou com roupa confortável e sapato assassino. Certeza que no meio da noite o animal vai soltar um 'Sei que você adora dançar, vamos sair para dançar?' Eu tento fazer parecer que as lágrimas são de emoção.
Uma vez um sapato me machucou tanto, mas tanto, que fiz um bilhete para mim mesma e colei no sapato, para lembrar de nunca mais usar!. Porque eu não dei o sapato? Me custou muito caro! Posso não usá-lo, mas quero tê-lo.
Eu sei, eu sei, materialista do caramba!!
Vou voltar como besouro de esterco na próxima encarnação e comer muito cocô para ver se evoluo espiritualmente!
Mas por hora, o sapato fica. Enfim, eu sei que existem problemas mais sérios na vida, e o texto é em tom de brincadeira. Só quero que os homens saibam que é um momento tenso para nós e que ralamos bastante para que tudo dê certo. O ar de tranqüilidade que passamos é pura cena. Sejam delicados e compareçam aos encontros que marcarem, ok? E se possível, marquem com antecedência, para a gente ter tempo de fazer nosso ritual preparatório com calma... Depois que você está toda montadinha, lutando mentalmente com seus dilemas, sempre vem alguma merda!!
Cada uma lida de um jeito. Eu, como boa loser que sou, lido do pior jeito possível. Tenho um faniquito e começo a dizer que não quero ir. Não para ele, ligo para a infeliz da minha melhor amiga e digo que não quero mais ir, que sair para conhecer pessoas é muito estressante, que se um dia eu tiver um AVC é culpa dessa tensão toda que eu passei na vida toda em todos os primeiros encontros e que quero voltar tartaruga na próxima encarnação.
Ela, coitada, escuta pacientemente e tenta me acalmar. Agora imaginem vocês, se depois de tudo isso, o filho da mãe liga e cancela o encontro?
'Surgiu um imprevisto, podemos deixar para semana que vem?'. Gente, não é má vontade ou intransigência, mas eu acho inadmissível uma coisa dessas, a menos que seja algo muuuuiiiiiiito grave! Eu fico puta, puta, PUTA da vida! Claro, na cabecinha deles não custa nada mesmo, eles acham que é simples, que a gente levantou da cama e foi direto pro carro deles. Se eles soubessem o trabalho que dá, o estresse, o tempo perdido... nunca ousariam remarcar nada!Vem me buscar de maca e no soro, mas não desmarque comigo! Até porque, a essa altura, a dieta radical do queijo está quase te fazendo desmaiar de fome, é questão de vida ou morte a merda do jantar! Supondo que ele venha. Ele liga e diz que está chegando. Você passa perfume, escova os dentes e vai. Quando entra no carro já toma um eufemismo na lata 'HUMMM... tá cheirosa!' (tecla sap: 'Passou muito perfume, porra').

Ele nem sequer olha para a sua roupa. Ele não repara em nada, ele acha que você é assim ao natural. Eu não ligo, acho homem que repara muito meio viado, mas isso frustra algumas mulheres. E se ele for tirar a sua roupa, grandes chances dele tirar a calça junto com a calcinha e nem ver. Pois é, Minha Amiga, você passou a noite toda com a rendinha (que por sinal custou muito caro) atochada no rego para nada. Homens, vocês sabiam que uma boa calcinha, de marca, pode custar o mesmo que um MP4?

Favor tirar sem rasgar. Quando é comigo, passo tanto estresse que chego no jantar com um pouco de raiva do cidadão. No meio da noite, já não sinto mais meus dedos do pé, devido ao princípio de gangrena em função do sapato de bico fino.
Quando ele conta piadas e ri, eu penso: 'É, eu também estaria de bom humor, contando piada, se não fosse essa calcinha intra-uterina raspando no colo do meu útero'. A culpa não é deles, é minha, por ser surtada com a estética. Sinto o estômago fagocitando meu fígado, mas apenas belisco a comida de leve. Fico constrangida de mostrar toda a minha potência estomacal assim, de primeira. Para finalizar, quero ressaltar que eu falei aqui do desgaste emocional e da disponibilidade de tempo que um encontro nos provoca. Nem sequer entrei no mérito do DINHEIRO. Pois é, tudo isso custa caro.

Vou fazer uma estimativa POR BAIXO, muito por baixo mesmo, porque geralmente pagamos bem mais do que isso e fazemos mais tratamentos estéticos: Roupa.............................................................R$50,00 Ligerie.............................................................R$50,00 Maquiagem......................................................R$50,00 Sapato.............................................................R$50,00 Depilação.........................................................R$50,00 Mão e pé..........................................................R$15,00
Perfume...........................................................R$20,00 P
ílula anticoncepcional.......................................R$15,00
Ou seja, JOGANDO O VALOR BEM PARA BAIXO, gastamos, no barato, R$300 para sair com um Zé Ruela...
Pois é, a gente gasta muito mais para sair com eles do que eles com a gente! E ainda tem homem que no final do jantar pede para rachar a conta...
VAI SE F...!!

- Autora Desconhecida

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Uma nova era

Não me lembro muito bem, mas em uma das minhas aulas da faculdade, acredito que a matéria era Comunicação Comparada ou Teoria da Comunicação, falou-se muito sobre o ‘encurtamento’ do nosso tempo.

De como racionalizamos nosso tempo para fazermos tudo aquilo que temos vontade, de como damos mais valores às coisas fúteis que nos permitem status e de como deixamos de dar valor as coisas que merecem ser valorizadas já que nos preocupamos demais com aquilo que não nos trará nada em troca.

Os nossos costumes, valores e sentimentos reduziram à metade. Nossa vida se baseia em muito trabalho e pouco descanso. Precisamos do dinheiro para garantir a felicidade não mais precisamos da felicidade para se viver bem, basta ter o dinheiro e isto está resolvido.

Nós assistimos muita televisão e temos a informação bombardeando nossa cabeça. Ou você nunca reparou que durante os noticiários da CNN, GloboNews, Bloomberg, diversas outras informações ao mesmo tempo da notícia transmitida, são veiculadas no rodapé da tela enquanto no topo há os índices das bolsas de valores do mundo todo? É incrível a quantidade de informações que tentamos absorver, quando na verdade pouco conteúdo é retirado.

Vivemos numa era de pouca intensidade e muita irrelevância. Mas acredito eu, que essa era mesmo a tendência dos tempos!

O que me levou a esse pensamento novamente, foi um texto que recebi de uma pessoa querida, que passou e deixou saudades em minha vida.

Alguém que dedicou parte do texto à mim e que eu dedico de volta.

São palavras sábias que nos fazem pensar melhor, que nos fazem refletir sobre nossas atitudes, sobre nossos pensamentos.

São frases que nos motivam a mudar, a repensar e a refazer.
A maioria acredita que é tarde, que a hora já passou. Que aquilo que deveria e poderia ser feito já se desfez e que já está decidido: você errou e foi alvo de um erro.
Mas acredite, se você deseja realmente um novo fim, nunca é tarde para um recomeço.



"O Paradoxo do Nosso Tempo”

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira
(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame.... Ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!

Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."

George Carlin

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Amiga, foi com você que aprendi...

É como dizem por aí: amigos são irmãos que escolhemos em vida.
Amizade é aquilo que não se planeja nem que se almeja. Amizade é aquilo que acontece, que marca, que constrói, que ensina, que protege.

Amigo de verdade, aquele tipo ‘irmão’, não se compra no supermercado, não se vende em lojas de departamento, muito menos se faz em um dia de convivência. Amigo se ganha com a vida, com a personalidade, com a sintonia.

A pessoa pode ser extremamente parecida com você, ou até mesmo o seu avesso. Pode ser seu contrário ou sinônimo, mas sempre será seu complemento.
Amigo é aquela parte que te falta, é aquilo que você não tem. É a lágrima que você não consegue derramar, ou a força que não consegue ter.

Ter um amigo de verdade te conforta, te consola, te alivia.
Amigo que é amigo pode passar anos sem te ver, ou sem ouvir tua voz. Mas quando você ligar, no seu simples ‘oi’ ele vai te reconhecer e os diversos anos que ficaram para trás em segundos irão desaparecer.

Ir ao supermercado, à padaria, à balada ou até mesmo ao enterro. Tudo fica mais fácil, mais divertido, mais confortável, quando você sabe que aquele que você escolheu como seu anjo te faz companhia.
Tudo é mais agradável quando seu amigo está com você, tudo fica melhor quando é ele que te liga, ou ele que te aconselha. Tudo fica mais feliz quando ele chega e ao mesmo tempo se entristece quando ele vai embora.

Ter amigo é aprender a conviver com as diferenças, respeitas as desavenças, brigar quando precisa, chorar quando tem vontade.
Amizade não se explica, se tem, se conserva e admira.

Tem gente que passa a vida tentando encontrar a parte que completa,
Eu um dia encontrei meu avesso
Que hoje é meu sinônimo e meu amuleto
Encontrei aquela que fez o significado de amizade ter sentido em minha vida
E hoje é graças a ela que eu posso dizer que eu tive e tenho de todas a melhor amiga.

Obrigado Nat!
E parabéns para você!
Te amo!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Afinal, será que amar é mesmo tudo?

Primeiramente eu gostaria de agradecer do fundo do meu coração à todos aqueles que de um jeito ou de outro, vêm elogiando minhas publicações. Não imaginava que algum dia meus textos poderiam servir de reflexão para outras pessoas e até mesmo para pessoas que não conheço. Isso para mim é muito gratificante e a cada dia que passa me inspira mais a escrever textos que “desenhem” aquilo que sinto.

É claro que cada vez que eu escrevo, eu escrevo pensando em algo, ou até mesmo em alguém. Na maioria das vezes falo comigo mesma, com aquilo que existe dentro de mim, ás vezes falo com outros que chamo pelo nome e ás vezes falo com alguns por entrelinhas que transmitem diretamente alguma mensagem.

Mas estes dias, algumas pessoas me pediram posts específicos. Não vou negar que tive idéias mirabolantes para escrever crônicas interessantes. Mas, o acaso, como sempre, veio em minha direção me mostrando um outro sentido...
E foi aí então, neste “dedo” do destino, que comecei a observar alguns aspectos que antes não havia observado.

É interessante a maneira como a vida coloca respostas em nossas mãos, mas na maioria das vezes estamos tão preocupados em segurar algumas perguntas que não vemos a simplicidade das coisas, não queremos enxergar a sua essência, seu significado, sua razão.

Não me lembro aonde ouvi dizer que a emoção ou a razão sozinhas não conseguem levar a nenhuma conquista. É necessário haver um meio-a-meio para que as coisas possam ser feitas da maneira correta.

Não há extremo que leve ao acerto.

E talvez fosse por isso que eu estivesse tão enganada, durante tanto tempo.

Mas sempre é tempo. Sempre é hora de ter um recomeço.
A hipocrisia que envolve as pessoas as tornam diferentes do que são, as tornam mascaradas, as tornam mentirosas, as tornam pessoas desleais de receber seu coração.

É como se eu me sentisse entre paredes vazias, de verdades transparentes, de promessas fantasia.
Aquilo tudo que durante tanto tempo segurei, em alguns segundos começou a se desfazer em minhas mãos, escorreu pelos meus dedos conforme eu ia me dando conta do erro que cometi.
Não foi difícil perceber que este erro cometi para cometer uma vez só. A saudade das coisas boas podem ser constantes, mas a lição que tiramos é muito mais intensa.

Não há razão para se revirar um passado revirado, nem de acreditar em algo que não há embasamento.
Não há razão para se iludir com algo que já foi dito e desmentido, nem razão de deixar de viver o agora para recuperar o antes e fazer um diferente depois.

Não há razão para adiar a felicidade nem razão para perdoar a infelicidade.

Não há razão para parar a vida e pedir para descer. Temos que levantar a cada tombo, limpar os ferimentos, curar as dores, limpar os olhos e enxergar o novo caminho como ele tem que ser.

Não há hipocrisia que vença a veracidade, não há alegria que possa existir, se em sua vida só estiver saudade.

É preciso sempre, saber viver.

“Eu vejo a vida melhor no futuro, eu vejo isso por cima de um muro de hipocrisia que insiste em nos rodear. Eu vejo a vida mais clara e farta, repleta de toda a satisfação, de que se tem direito do firmamento ao chão. Hoje o tempo voa, amor, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir que não há tempo que volte, amor, vamos viver tudo o que há para viver. Vamos nos permitir...”

Que fique a mensagem!

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

São sonhos e saudades...

E toda vez que se volta de casa é a mesma sensação de querer ficar. É a mesma vontade de não deixar, de voltar, de não acabar.

Engraçado como as coisas se transformam com o tempo, até mesmo nossos objetivos, metas, jeito e gostos.

Me lembro de ter frio na barriga de ansiedade quando o assunto era minha faculdade em São Paulo, a ansiedade por morar sozinha, ter meu espaço, minha responsabilidade e independência. Hoje, tenho tudo isso e mais um pouco... tenho contas empilhadas em meu criado-mudo, tenho lista de produtos de limpeza para limpar o banheiro, tenho preocupação com o que farei de jantar para mim mesma, tenho horários para cumprir sozinha, tenho que lembrar no meio do meu atribulado dia de marcar o meu oculista já que minha vista anda embaçada, tenho que lavar a roupa que pretendo trabalhar no final da semana, tenho que ir à faculdade, passar nas matérias e por aí vai!

Como as coisas mudam!!!

Que saudades do almoço pronto quando eu chegava do colégio, que saudades de me preocupar somente com a prova de física, que saudades de ter como conta só a dívida da cantina.... Que saudades!

A nossa felicidade se molda em cima do nosso cotidiano que aponta para um determinado objetivo, sempre! Você vive em cima daquilo que sonha, daquilo que almeja. Você é feliz à partir do momento em que você corre atrás do seu objetivo, e mesmo que não o alcance, fica feliz pelo simples fato de ter tentado.

Hoje todos os meus sonhos (acreditem: todos mesmo), foram realizados. Tudo aquilo que sonhei desde os 14, 15 anos aconteceu. Junto com isso, junto com meus desejos realizados vieram centenas de decepções. Houveram decepções no trabalho, na cidade, nas pessoas e até em mim mesma.

Mas isso não me entristeceu, pelo contrário, me fortaleceu.

Hoje meus sonhos se modificaram junto com a minha idade e maturidade. Sonhos mais realistas e menos emocionais, sonhos mais plausíveis e possíveis. Sonhos sem contos de fadas, mas que me cedem o gostoso sabor da esperança para enfrentar um novo e atarefado dia. Porque se não for assim, não há felicidade.

A saudade, e a ida para o antigo lar, se tornam um refúgio para aquela que aparenta fortaleza. Junto ao passado é aonde renovamos forças para moldar nosso futuro. Lá é o local aonde se reaproveita o bom do que passou e o modifica para adequar no que vai acontecer. É lá onde se encontra pessoas queridas que te relembram quem você é, da onde você veio e porque é assim. É lá onde ficam aqueles que te oferecem suporte, carinho e proteção. É lá onde há o melhor ombro amigo e o melhor colo.
É lá da onde vim e para onde sempre irei quando precisar refletir e revigorar.

Minha vida se baseia naquilo que amo, naquilo que gosto e naquilo que sinto saudades. É com isso que monto meu quadro de metas, de sonhos. O foco hoje já não está mais em mim, mas sim naqueles que me tornaram quem eu sou. Que me moldaram e que me ajudaram, mesmo que indiretamente, a realizar todos meus objetivos.
Hoje é a eles que dedico meus dias, que traço meu caminho, que planejo o futuro. Hoje é para eles que dedico minhas saudades e que peço a felicidade.
Hoje é a eles que eu agradeço e que dedico o meu sucesso, mesmo que morrendo de saudades e de vontade de ficar eu vou voltar, lutar e fazer, mas dessa vez para surpreender a essas pessoas que sempre me fizeram engrandecer.

Os meus sonhos são grandes e meu caminho longo, espero que isso seja suficiente para mais uma vez vencer e dar a quem eu gosto tudo aquilo de mais bonito, tudo aquilo de mais singelo, enfim, aquilo que sonhei.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

"E de tristeza vou viver, pois aquele adeus não pude dar"

Ainda me lembro no dia em que eu a vi pela primeira vez. Era tão branca que eu me lembro da minha mãe dizer que seria fácil de encardir, era tão pequena que as roupinhas não conseguiam se segurar em seu corpinho. Tinha uma simpatia que me encantou e na hora, eu nem me lembrei que a cor da raça que eu havia pedido normalmente era cinza, preta e até mesmo loira, assim como eu.

Não me importava sua cor branca como a neve, me importava que enfim minha companhia havia chegado. O nome já estava escolhido há pelo menos seis meses, desde quando eu havia planejado sua chegada. E quando eu a vi, nem hesitei em mudar, era a carinha dela.

Baby. Era assim que a partir daquele dia, véspera de natal de 1996, nós iríamos chamar aquela que se tornou a melhor companhia de todos os tempos.

Não me importava o que diziam dela, tudo bem que o seu humor não era dos melhores, e tudo bem, eu admito, que nem a aparência. Mas ela era nossa, era seguidora da minha mãe, que no final acabou sendo mais dona do que eu que havia ganhado de presente, era aquela que uivava comigo, que sentava no topo da pilha de almofadas em cima do sofá vermelho, era quem quase falava de alegria quando alguém chegava, era aquela que gostava de dormir entre nossas pernas e que por isso ganhava diversos empurrões durante a noite. Era amiga e pelo simples fato de sabermos que sempre estaria ali quando chegássemos, nunca demos o valor que merecia.

Era a única que não abandonava, que ficava ao lado quando o frango era o prato do dia, que estava velhinha, mas sadia para sua idade.

Era ela, simplesmente ela. Não tem palavras que explique meu amor, nem a falta que ela faz, muito menos que explique a dor que estou sentindo.

Não importa se para a maioria ela era apenas uma cachorra, me importa que ela era minha irmã, filha também da minha mãe e única desde meus oito anos. Me importa lembrar seu companheirismo e lamentar sua ausência. Me importa pedir que descanse em paz e que continue sendo feliz aonde seja que estiver.

De agora em diante, chegar em casa não será tão completo como costumava ser, ficar em casa sozinha será sinônimo de solidão...
Então nada mais posso fazer a não ser dedicar a essa grande amiga todo meu sentimento e gratidão, por ter dedicado inteiramente todos seus minutos em nos seguir, amar, ou até mesmo exigir nossa atenção.

Apenas obrigada amiga, do fundo do meu coração.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Um minuto de mim mesma

Puxa, faz tanto tempo que eu não posto nada que os assuntos acabaram se acumulando.
Houve, nesse meio tempo, a vitória de Obama, que poderia render uma crônica, o recorde de eleitores americanos nas votações presidenciais de 2008 que poderia me dar um bom texto reflexivo, minha viagem para ver a família que poderia render grandes metáforas, encontros, reencontros e desencontros que poderiam me inspirar textos emocionais profundos... e por aí vai.

Mas, como ultimamente mal tenho tido tempo para cuidar das minhas 6598501 áfitas que apareceram do lado esquerdo da minha boca, os textos acabaram ficando para depois.

E hoje, para ser bem sincera, não me importa a visita do Obama à sua futura residência, não me importa as empresas norte-americanas que estão falindo (tudo bem vai, isso me importa um pouco), as férias coletivas que as grandes indústrias brasileiras estão dando aos seus funcionários (eu avisei que a crise viria), nem o encontro do G20 que acontecerá no sábado. Hoje eu estou me importando comigo.

Hoje estou me importando com tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que na maioria das vezes eu subestimei em prol de outra pessoa, ou de outras pessoas. Hoje estou feliz por ter estado com meu pai no dia do aniversário dele, feliz por ter reencontrado meus amigos de infância, feliz por ter dado boas risadas com as duas mulheres mais importantes da minha vida: minha mãe e minha irmã.

Feliz pelo simples fato de viver intensamente, de fazer o que eu tenho vontade, de aproveitar todos os meus minutos.

Quando temos momentos como esses, descobrimos que não há companhia no mundo que seja melhor do que a nossa própria. O fato de você se sentir à vontade com você mesma, de se sentir completa e satisfeita com a própria felicidade não se compara à nenhuma outra felicidade no mundo!

Como essa descoberta me fez bem!

A ficha demora para cair um pouco, eu admito. Mas uma hora, percebemos realmente que nada é insubstituível – um hábito não é necessariamente, uma necessidade.

A vida passa rápido demais e nós acabamos não percebendo sua intensidade, sua alegria, e acabamos nem mesmo sentido sua tristeza. A profundidade dos sentimentos é aquilo que nos move, que nos alimenta. Não é justo viver assim, em vão... já dizia um amigo meu: Quem quase morre ainda está vivo, mas quem quase vive, já morreu!

Hoje é isso que eu tenho a lhes dizer!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Reflexão

É engraçada a forma como as coisas se completam, como se diferem e ao mesmo tempo se complementam. É algo que é muito difícil de ser explicado e na maioria das vezes, difícil até de ser entendido.
Como algo tão claro como o branco, pode completar algo tão escuro como o preto?
Se são tão diferentes, porque se necessitam?
Bom, já dizia a Ivete: Tudo se completa de algum jeito.

Essa coisa de se completar é um pouco estranha, já que ás vezes, nós mesmos não nos tocamos do que nos completa, e depois de perdido sentimos falta de alguma coisa que não se sabe muito bem o que é. Mas que não está ali e que te deixa um vazio... E quando você pára para pensar, você descobre que aquilo que você deixou de lado por ser completamente seu inverso, é o que no momento, te faz falta.

É injusta esta ‘lei’ que para achar é necessário perder. Para valorizar é necessário não ter.

O pedido de desculpas por algo que não foi feito quando deveria ter sido, ás vezes dói mais do que deixar passar...
Quando alguém admite ter reconhecido tarde e se desculpa, você se culpa por outras coisas que também deixou de valorizar...

Temo que entender que as coisas acontecem exatamente como tem que ser. Que precisamos cair para aprender a levantar, que é necessário quase morrer para aprender, de fato, a viver.

Que todas as lições sejam aprendidas e entendidas, para um dia darmos valor há três coisas que não voltam na vida: A flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida.

FIM

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A Espera de um Milagre...

A corrida presidencial americana está chegando ao fim. Está á uma semana de apontar seu vencedor, á uma semana de apresentar o futuro líder norte-americano.
Cabe a potência mundial, com seus delegados estaduais e população escolher entre dois candidatos: um democrata e um republicano.
Em época de crise financeira, e diga-se de passagem grande crise financeira, onde o atual presidente George W. Bush bate recordes históricos com seu índice de desaprovação, o lado republicano perde forças, já que a imagem de John McCain ainda é associada a imagem do atual presidente. Embora este tente se desvincular de tal imagem com discursos que mostrem os pontos divergentes entre os dois, o fato de ambos fazerem parte do mesmo partido remete à população que o embasamento dos ideais partem de uma mesma visão, o que ajuda Barack Obama abrir sete pontos de vantagem em cima do republicano. Obama é, sem dúvida, um candidato que empolga os eleitores por sua jovialidade e força, que enche de esperança um povo que apela por mudanças que possam trazer as vacas gordas novamente. Por outro lado é alvo de críticas da vanguarda que reprime sua inexperiência.

É claro que para nós aqui no hemisfério sul, a decisão do líder americano é um assunto de muita preocupação, que requer um grande acompanhamento. Estamos cansados de saber que, todas as decisões tomadas do lado de lá, sempre acabam refletindo aqui e no resto do mundo. Vejamos por esta crise, por exemplo, as bolsas de valores do mundo inteiro estão em altos e baixos por reflexos do que acontece nos Estados Unidos. Líderes mundiais se reúnem para decidir como enfrentarão tal crise assim que esta chegar a seu país.
Lembremos também que a pouco no Brasil foi dito que esta crise atingiria com moderação, mas vale ressaltar que em épocas de eleições (no caso, municipais) todo o cuidado com as palavras, é pouco. Esperemos mais alguns dias ou semanas para pacotes serem soltos a fim de congelar crescimento e desenvolvimento, por medidas de contensão econômica. E ainda vem me falar que se a crise atingisse seria de forma moderada? Enfim, cada um tem o que merece. No nosso caso, falo do Presidente da República.

Mas, deixemos o lado de cá de fora e voltemos para o lado de lá, que é aonde se focam todas as lentes no momento.
Para mim, acompanhar toda essa corrida presidencial, é algo muito interessante. Principalmente se tratando de algo tão confuso como as eleições americanas, que tem votação por estado, que tem representações de delegados que falam pelo povo. Não é como aqui que algumas horas após o encerramento da votação, o eleitorado já sabe qual foi o candidato eleito e a respectiva porcentagem, é algo que demora dias, que tem uma contagem lenta e que dá muita margem ao erro e até a falcatrua. É algo que se torna um paradoxo se tratando de uma das maiores potências mundiais.
Eu, particularmente, não entendo o porquê da votação ser desta maneira. O erro pode ser tão freqüente que diversas vezes na história, candidatos entraram com recursos para rever os votos, exigir novas contagens, etc, o que delonga mais ainda o processo. Mas enfim, deixemos isso para o Bush resolver. Ou o Obama. Ou o McCain. Ou o Bin Laden. Tanto faz.
Enquanto isso, vou ficar aguardando o final destas eleições que está balançando nosso globo, mexendo com as estruturas econômicas e sociais em escala mundial. Estou torcendo para que não haja fraudes, roubos e muito menos um ‘Watergate’. Que o melhor seja eleito e que ele atenda todas essas questões em jogo.

Agora chegou o momento de escolher enfim, o “salvador da pátria”.
(pelo menos, é isso que nossos vizinhos esperam - e diga-se de passagem, o mundo inteiro também).

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Ao Homem da Minha Vida

Quem é que nunca deu, pelo menos, uma olhadinha num livro de auto-ajuda? Ou que procurou conforto em uma frase feita? Ou simplesmente foi atrás da própria Bíblia para se martirizar?
Pois é, muita gente vai atrás dessas coisas, sem acreditar que são verdadeiras. Vão porque acham que devem ir, que precisam ir... Não porque realmente acham que irá funcionar. Coisa maluca, não?
Hoje foi meu dia de prestar atenção na veracidade destas coisas. Eu não sou religiosa a ponto de consultar a Bíblia, também não tenho tempo (acredite, eu-não-tenho-tempo) para ler esses livros, mas converso com muita gente, e hoje foi o dia de em uma conversa, lembrar do meu pai.
Ele sempre me disse frases feitas, coisas que quando eu era mais nova entrava por um ouvido e rapidamente, saía pelo outro. Mas, acredito que de tanto ouvir, essas frases e histórias acabaram permanecendo em minha mente. E hoje, um pouco mais madura, vejo como muito do que ele dizia, faz sentido.
Uma das coisas sábias que me dizia (e diz), era que ele só passou a dar valor para o pai, depois que este se foi, que as coisas que meu avô dizia só começaram a fazer sentido quando este já não estava mais por perto para poder receber seu abraço e que ele gostaria muito de pelo menos, uma última vez, poder dizer ao patriarca que ‘ele tinha razão’.
Pode parecer o tipo de sermão que um pai dá quando pretende receber maior atenção de seus filhos, já que esses mal ficam com seus pais. No meu caso, realmente quase nunca os vejo, mas nunca deixei de dar à eles seu verdadeiro valor. O valor que eles realmente merecem.
E por isso, por tudo isso, quero lembrar e agradecer à ele agora, hoje, amanhã e todos os dias em que eu puder. Quero poder abraçá-lo quando me der vontade e dizer que eu o amo enquanto ele ainda conseguir me escutar e eu ainda consiga falar. Quero ouvir suas histórias, seus conselhos, sua dor e alegria. Quero compartilhar e dizer o que aprendi no dia de hoje.
Quero gritar que tudo aquilo que um dia me disse sobre a hipocrisia, começou a fazer o maior sentido. Que ele tinha razão. E que agora também me irrito com aquilo que está a minha volta.
Que eu não preciso de um Dia dos Pais para lembrar que ele existe, pois sua presença em meu pensamento é tão forte quanto nossa ligação. Que eu não preciso de provas nem promessas, pois sinto seu amor...
Quero dizer que me orgulho de parecer com ele, e me desculpar por um dia permitir que algum outro homem tomasse seu lugar, como sendo o homem da minha vida.
Quero somente agradecer, e mais uma vez dizer, que eu o amo muito, do fundo do meu coração, de toda a minha alma, e para todo o sempre!

Não podemos deixar para amanhã o que podemos (e queremos) fazer hoje.

Hoje é isso que tenho a lhes dizer.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Amor X Ódio

Pois é, namoro longo, vida conjugal aparentemente perfeita, felicidade total... Até que ela (ou ele, cada hora ouço uma história diferente) resolve colocar um fim no romance. Ele se rebela, resolve seqüestrar a “amada”, e a mantém em cativeiro por cerca de 100 horas. Os amigos e a amiga que estavam no momento da invasão dele na casa dela, também são mantidos como reféns. Depois o rapaz os solta, mais tarde a refém volta a fim de salvar a amiga e ele, que se julga como o cara “mais apaixonado do mundo”, dá um tiro na “amada” e em sua melhor amiga.
E ainda diz que é por amor... Mas que amor, não?!

Certo dia em uma conversa com um ótimo amigo, discutíamos a proximidade entre o amor e o ódio. Discutíamos como esses sentimentos se confundem e se misturam num piscar de olhos. Não há nada que julgue a ação do psicopata Lindemberg Alves, mas com certeza é um fato que nos remete a um momento de reflexão. Parar para pensar o que pode levar alguém a esses extremos de um sentimento é algo que nos deixa um tanto curioso.
Nesta conversa, meu amigo me dizia que quem ama de verdade quer somente o bem, que faz de tudo para o bem. Para querer o bem e se sentir bem.
E é verdade!!!
Por que alguém que ama de verdade enlouqueceria de amor? Ou mataria por amor? Isso não existe. Pura lenda!
Há quem diga que o amor e o ódio são pontos opostos, extremos um do outro. Eu discordo, acredito que o amor irracional, se transforma em ódio, mas não avisa aquele em que está hospedado e isso o faz acreditar que ainda é amor. Pura bobagem. Mas acredito que é nesta bobagem que vive o perigo...
Enfim, não cabe a mim ficar filosofando sobre as fronteiras que separam o amor e ódio, nem dar conselhos como querer o bem de alguém...Cabe a mim agora dedicar alguns minutos a esta jovem e sua corajosa amiga, que enfrentaram a fúria de alguém com raiva. Que pagaram por algo que não se paga. Uma, infelizmente, não viveu o suficiente para aprender diferenciar o amor e o ódio, mas a outra talvez tenha ficado para cumprir sua missão de espalhar coragem, semear esperança e servir como reflexão para todos aqueles que acreditam estar amando.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Inauguração

Como estudante de jornalismo, há tempos me diziam que jornalista que é jornalista tem um blog. Então, para esses que me cobravam, aqui está.
Não é bem um blog que irá honrar os jornalistas, com comentários de matérias, críticas de filmes intelectuais e coisas do tipo. Digamos que se trata de um lugar onde eu possa usar da LIVRE EXPRESSÃO, e possa postar meus textos, opiniões e coisas assim. Então trata-se de um blog e já tá muito bom!
Como este meu feitio marca o fim de um ciclo em minha vida, nada mais justo do que inaugurá-lo com um belo texto que recebi de uma amiga por e-mail. Um texto peculiar, que remete à reflexão e que mostra que acima de tudo é necessário buscar nossa felicidade. Que agimos como qualquer ser humano e que, virar a página, faz parte da vida e que por sinal, muitas vezes (talvez até na maioria delas) pode fazer bem!
Ah, no final este texto veio assinado como 'Fernando Pessoa'. Eu duvido um pouco que tenha sido ele de fato, já que este texto se mostra muito atual, mas de qualquer forma parabenizo seu autor, e faço destas palavras como se fossem minhas.
Enjoy!

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.Pode dizer para si mesma que não dará mais um passo, enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.
Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado,nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível,do que está acontecendo em nosso coração, e o desfazer-se de certas lembranças, significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante!Encerrando ciclos, não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.
Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...

E lembra-te:“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.”

Fernando Pessoa