segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Uma nova era

Não me lembro muito bem, mas em uma das minhas aulas da faculdade, acredito que a matéria era Comunicação Comparada ou Teoria da Comunicação, falou-se muito sobre o ‘encurtamento’ do nosso tempo.

De como racionalizamos nosso tempo para fazermos tudo aquilo que temos vontade, de como damos mais valores às coisas fúteis que nos permitem status e de como deixamos de dar valor as coisas que merecem ser valorizadas já que nos preocupamos demais com aquilo que não nos trará nada em troca.

Os nossos costumes, valores e sentimentos reduziram à metade. Nossa vida se baseia em muito trabalho e pouco descanso. Precisamos do dinheiro para garantir a felicidade não mais precisamos da felicidade para se viver bem, basta ter o dinheiro e isto está resolvido.

Nós assistimos muita televisão e temos a informação bombardeando nossa cabeça. Ou você nunca reparou que durante os noticiários da CNN, GloboNews, Bloomberg, diversas outras informações ao mesmo tempo da notícia transmitida, são veiculadas no rodapé da tela enquanto no topo há os índices das bolsas de valores do mundo todo? É incrível a quantidade de informações que tentamos absorver, quando na verdade pouco conteúdo é retirado.

Vivemos numa era de pouca intensidade e muita irrelevância. Mas acredito eu, que essa era mesmo a tendência dos tempos!

O que me levou a esse pensamento novamente, foi um texto que recebi de uma pessoa querida, que passou e deixou saudades em minha vida.

Alguém que dedicou parte do texto à mim e que eu dedico de volta.

São palavras sábias que nos fazem pensar melhor, que nos fazem refletir sobre nossas atitudes, sobre nossos pensamentos.

São frases que nos motivam a mudar, a repensar e a refazer.
A maioria acredita que é tarde, que a hora já passou. Que aquilo que deveria e poderia ser feito já se desfez e que já está decidido: você errou e foi alvo de um erro.
Mas acredite, se você deseja realmente um novo fim, nunca é tarde para um recomeço.



"O Paradoxo do Nosso Tempo”

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e rezamos raramente.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores.
Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos freqüentemente.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a nos apressar e não a esperar.

Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do 'fast-food' e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.

Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas 'mágicas'. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar 'delete'.

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer 'eu te amo' à sua companheira
(o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame.... Ame muito.

Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!

Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado."

George Carlin

Um comentário:

Unknown disse...

Parabéns...e viva a nova era!!!
Perguntaram uma vez a Confúcio: O que mais te surpreende na humanidade?
Ele respondeu: o Homem.
Perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde.
E, por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente e nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer...e morrem como se nunca tivessem vivido.