terça-feira, 11 de novembro de 2008

Um minuto de mim mesma

Puxa, faz tanto tempo que eu não posto nada que os assuntos acabaram se acumulando.
Houve, nesse meio tempo, a vitória de Obama, que poderia render uma crônica, o recorde de eleitores americanos nas votações presidenciais de 2008 que poderia me dar um bom texto reflexivo, minha viagem para ver a família que poderia render grandes metáforas, encontros, reencontros e desencontros que poderiam me inspirar textos emocionais profundos... e por aí vai.

Mas, como ultimamente mal tenho tido tempo para cuidar das minhas 6598501 áfitas que apareceram do lado esquerdo da minha boca, os textos acabaram ficando para depois.

E hoje, para ser bem sincera, não me importa a visita do Obama à sua futura residência, não me importa as empresas norte-americanas que estão falindo (tudo bem vai, isso me importa um pouco), as férias coletivas que as grandes indústrias brasileiras estão dando aos seus funcionários (eu avisei que a crise viria), nem o encontro do G20 que acontecerá no sábado. Hoje eu estou me importando comigo.

Hoje estou me importando com tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que na maioria das vezes eu subestimei em prol de outra pessoa, ou de outras pessoas. Hoje estou feliz por ter estado com meu pai no dia do aniversário dele, feliz por ter reencontrado meus amigos de infância, feliz por ter dado boas risadas com as duas mulheres mais importantes da minha vida: minha mãe e minha irmã.

Feliz pelo simples fato de viver intensamente, de fazer o que eu tenho vontade, de aproveitar todos os meus minutos.

Quando temos momentos como esses, descobrimos que não há companhia no mundo que seja melhor do que a nossa própria. O fato de você se sentir à vontade com você mesma, de se sentir completa e satisfeita com a própria felicidade não se compara à nenhuma outra felicidade no mundo!

Como essa descoberta me fez bem!

A ficha demora para cair um pouco, eu admito. Mas uma hora, percebemos realmente que nada é insubstituível – um hábito não é necessariamente, uma necessidade.

A vida passa rápido demais e nós acabamos não percebendo sua intensidade, sua alegria, e acabamos nem mesmo sentido sua tristeza. A profundidade dos sentimentos é aquilo que nos move, que nos alimenta. Não é justo viver assim, em vão... já dizia um amigo meu: Quem quase morre ainda está vivo, mas quem quase vive, já morreu!

Hoje é isso que eu tenho a lhes dizer!

Nenhum comentário: